CONCEITO DE ECOLOGIA – Parte 3

Efeito estufa: cada vez mais quente

O efeito estufa é o aquecimento excessivo da Terra provocado por aumento da taxa de CO2 na atmosfera e conseqüente retenção do calor gerado pela luz do sol que atinge a superfície do planeta. As taxas de CO2 no ar, que se mantiveram estáveis durante muito tempo, aumentaram rapidamente nas últimas décadas.

Isso se deve ao crescente consumo de combustíveis e também ao intenso desma-tamento, que diminuiu a capacidade de fotossíntese dos ecossistemas terrestres e prejudicou a reciclagem do CO2.

Assim, o gás carbônico é produzido pela atividade humana mais depresssa do que é reutilizado pela biosfera. Não se sabe com precisão as conseqüências reais do efeito-estufa. Desconfia-se, porém, que o crescimento contínuo na taxa de CO2 aumente a temperatura da Terra, elevando-a em vários graus até o fim do século XXI.

Em conseqüência, haveria o derretimento de parte do gelo das calotas polares, o que faria subir o nível dos mares em alguns metros, podendo submergir cidades costeiras. Poderia haver ainda uma mudança no eixo do planeta, além da alteração dos padrões de ventos e de correntes marítimas. Essas mudanças no clima certamente prejudicariam a produção agrícola de áreas férteis, com efeitos imprevisíveis sobre a economia mundial.

Ciclo do nitrogênio

O nitrogênio molecular, N2, é um gás biologicamente não-utilizável pela maioria dos seres vivos. Seu ingresso no mundo vivo ocorre graças à atividade dos microrganismos fixadores, as algas azuis e algumas bactérias, que o transformam em amônia. No processo de nitrificação, outras bactérias transformam a amônia em nitritos e nitratos.

Essas três substâncias são utilizadas pelos vegetais para a elaboração de compostos orgânicos nitrogenados que serão aproveitados pelos animais. O ciclo se fecha a partir da ativi-dade de certas espécies de bactérias, que efetuam a denitrificação e devolvem o nitrogênio molecular para a atmosfera.

O plantio de leguminosas(feijão, por exemplo),a chamada adubação verde, enriquece o solo com compostos nitrogenados, uma vez que nas raízes dessas plantas há nódulos repletos de bactérias fixadoras de nitrogênio.

Outro procedimento agrícola usual é a rotação de culturas, na qual se alterna o plantio de não-leguminosas,que retiram do so-lo os nutrientes nitrogenados, com leguminosas que devolvem esses nutrientes para o meio.

A comunidade em mudança: sucessão ecológica

A sucessão ecológica é a seqüência de mudanças pelas quais passa uma comunidade ao longo do tempo. Uma rocha vulcânica nua pode um dia vir a abrigar uma floresta. Essa possibilidade está ligada ao processo de suces-são ecológica, um evento que explica a possibilidade do surgimento gradual de comunidades complexas em ambientes inicialmente inabitados.

Num primeiro estágio, há invasão do meio por organismos pioneiros, de modo geral os liquens, cuja atividade biológica, associada a fatores físicos, altera a composição da rocha e permite a instalação de novos seres, como musgos e samambaias simples. Num segundo estágio, ocorrem substituições graduais de seres vivos por outros, com mudanças completas na composição da comunidade e das características do solo.

Ao longo de muito tempo de alterações freqüentes, pode ser atingido o terceiro estágio, o clímax, caracterizado pela estabilidade e maturidade da comunidade, que pode ser representada por uma floresta.

Nesse estágio, a comunidade apresenta biomassa elevada, alta produtividade primária bruta e é grande a taxa respiratória, o que tende a levar a zero a produ-tividade primária líquida. No clímax, praticamente todo o oxigênio produzido na fotossíntese é consumido pela respiração dos seres vivos, nada é exportado. Por esse motivo, é falsa a afirmação de que a Floresta Amazônica seria o “pulmão” do mundo.


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