REVOLUÇÃO FRANCESA – Parte 3

CONSTITUIÇÃO REPUBLICANA

É aprovada em setembro 1791, após um acordo entre a burguesia e os representantes do clero e da nobreza, instituindo a monarquia parlamentar. Os poderes reais são enfraquecidos, a Justiça é reformada, a tortura é abolida, mas as greves e associações operárias são proibidas.

As camadas populares não aceitam a nova Constituição e realizam greves em Paris. Mesmo assim, são eleitos para a Assembléia Legislativa 264 deputados da direita (girondinos), 345 do centro e 136 da esquerda (jacobinos e cordeliers).

Os girondinos manipulam a Assembléia, mas a esquerda tem o apoio das camadas populares. Os jacobinos apóiam-se na pequena burguesia e os cordeliers (do francês, franciscanos, porque se reuniam em um convento da ordem) no povo pobre e comum.

Guerra contra a Áustria – A adesão pública do rei à nova Constituição é acompanhada por conspirações em defesa dos direitos monárquicos. O rei tenta fugir, em junho de 1791, para comandar a escalada contra-revolucionária sob a proteção da Áustria.

A família real é presa durante a fuga e o povo passa a exigir medidas mais radicais contra a nobreza e o clero. Em abril de 1792 a direita patrocina a declaração de guerra à Áustria, apoiada pela corte, como uma possibilidade de volta ao poder.

Austríacos e prussianos aliam-se e invadem a França, mas são derrotados pela participação das massas populares, chamadas de sans-culottes por não usarem, como os nobres, os calções curtos com meias.

COMUNA DE PARIS

Formada em agosto de 1792, no auge dos movimentos populares contra a monarquia e em defesa de Paris frente a invasão austríaca. Os sans-culottes armados, tendo à frente Marat, Hebert, Jacques Roux, Robespierre e Danton, assumem o governo da cidade e organizam as guardas nacionais.

Massacre de setembro

A guerra contra a Áustria resulta em mais manifestações e levantes populares em Paris em agosto e setembro de 1792. O povo invade a Assembléia, onde a família real está refugiada, e exige o extermínio da realeza.

Apavorados, os deputados votam a supressão do rei e a convocação de nova assembléia: a Convenção Nacional. Aristocratas, clérigos monarquistas e presos comuns são executados em massa.

CONVENÇÃO NACIONAL

Estabelecida entre 1792 e 1795, divide-se em três grandes blocos: a Montanha, constituída pelos jacobinos, que ocupam os lugares mais altos da Câmara; os girondinos, que ocupam os lugares intermediários; e a Planície, composta pela maior parte dos deputados, que ocupa a parte baixa. Esses blocos também têm divergências internas.

Girondinos – Representantes da alta burguesia, defendem posições moderadas. Querem preservar seu poder econômico e temem que as camadas populares assumam o controle da Revolução.

Jacobinos – Pequena e média burguesia e proletariado urbano, que assumem posições mais radicais em benefício das classes oprimidas. Sentam-se à esquerda da Assembléia e são liderados por Robespierre e Saint-Just.


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